Angola manifestou, em Nova Iorque, a intenção de trabalhar com o Fundo das Nações Unidas para a Paz e o Desenvolvimento em áreas como juventude, paz e segurança, sistemas alimentares resilientes, adaptação climática e transformação digital inclusiva.
A perspectiva foi apresentada pelo representante permanente de Angola junto das Nações Unidas, Francisco José da Cruz, sublinhando que o Fundo tem demonstrado relevância ao apoiar mais de duas centenas de projectos em mais de 100 países em áreas críticas, que vão desde a prevenção de conflitos à segurança alimentar, saúde e ao reforço da capacidade institucional.
De acordo com uma nota de imprensa a que o Jornal de Angola teve acesso, o diplomata falava no evento comemorativo do 10.º aniversário do Fundo das Nações Unidas para a Paz e o Desenvolvimento, que decorreu sob o lema “Uma Década de Compromisso e Um Futuro Partilhado: Parcerias para Paz e o Desenvolvimento Sustentável”.
Na ocasião, Francisco José da Cruz enalteceu a República Popular da China pelo empenho em dotar as Nações Unidas de um instrumento concreto que incorpora os princípios do multilateralismo e da solidariedade internacional.
O embaixador referiu que os diversos desafios de paz, segurança e estabilidade em África estão ligados a questões de desenvolvimento de diversas formas.
A necessidade de dar a devida importância estratégica à interdependência entre a paz, a segurança e o desenvolvimento, salientou Francisco José da Cruz, prevê garantir a eficácia de todos os esforços que visam a prevenção, a gestão e a resolução de conflitos em África.
Em relação a Angola, disse que o país combinou programas para reforçar a paz, a estabilidade e o Estado de Direito com projectos de investimento para promover o desenvolvimento sustentável e inclusivo, no âmbito do Plano de Desenvolvimento Nacional 2023-2027, ancorado na Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável e na Agenda 2063 da União Africana “A África que Queremos”.
O diplomata reiterou, ainda, profundo apreço à China e às Nações Unidas pelas lideranças e encorajou a continuação e expansão do Fundo como parte essencial da arquitectura global para a paz e o desenvolvimento.