A embaixadora de Angola na Itália, Josefa Sacko, apresentou, em Roma, as Cartas Credenciais que a habilitam como representante permanente do Governo angolano junto do Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola (FIDA).
Durante a cerimónia, na sede da Agência das Nações Unidas em Roma, testemunhado pelo presidente do FIDA, Álvaro Lario, a diplomata angolana reiterou a sua participação activa nas consultas do FIDA, em curso nos trâmites internos, para que Angola honre com os compromissos no âmbito da cooperação existente.
Josefa Sacko sublinhou, ainda, que a produção do café e o investimento na cadeia de valores é uma das prioridades para que o país consiga recuperar e superar os níveis de produção do passado, assegurando que o Ministério da Agricultura elaborou um projecto específico já encaminhado à estrutura do Plano Mattei.
“Neste desiderato, queremos contar com o apoio do FIDA, no seu envolvimento, pois acreditamos que o vosso apoio será de extrema importância para que os propósitos que nos propusemos atinjam os níveis desejados”, disse.
Corredor do Lobito
Sobre o projecto ferroviário do Corredor do Lobito, a embaixadora Josefa Sacko disse que está a ser feito um projecto para que este seja um corredor económico e impulsionador da diversificação da economia angolana e da região da África Austral.
A diplomata esclareceu que o consórcio prevê, ao longo de 30 anos, aumentar a frequência diária para 50 comboios e garantir 1.600 empregos directos, com responsabilidade na transportação de cargas de grande porte, a exemplo de minérios provenientes da República Democrática do Congo (RDC) e da Zâmbia, bem como a manutenção das infra-estruturas.
A exploração do Corredor do Lobito, acrescentou a embaixadora, vai permitir que o transporte ferroviário venha a aportar um conjunto de benefícios positivos, contribuindo para o desenvolvimento local e regional em torno da linha férrea, po-dendo representar uma contribuição para o Produto Interno Bruto, estimada entre 1,6 a 3,4 mil milhões de dólares norte-americanos.