• José Eduardo dos Santos morreu há três anos


    A sociedade angolana assinalou, ontem, 8 de Julho, três anos desde a morte do ex-Presidente da República, José Eduardo dos Santos, vítima de doença, em Barcelona, Espanha, aos 79 anos.

    O ex-Chefe de Estado dirigiu os destinos de Angola durante 37 anos e deixou um legado de paz, tendo assumido os destinos do país no despontar da nação, na sequência da morte prematura, uma semana antes de fazer 57 anos, do Presidente António Agostinho Neto, em Moscovo, Rússia, a 10 de Setembro de 1979.

    José Eduardo dos Santos recebeu muitos prémios internacionais pela sua luta contra o colonialismo e em prol da promoção de negociações de paz para acabar com a guerra em Angola. Foi elogiado por melhorar a economia do país e atrair investimento estrangeiro significativo.

    Para o especialista em política internacional Osvaldo Mboco, o mandato de José Eduardo dos Santos foi prolongado, mas ficou bastante condicionado por causa do conflito armado.

    “O Presidente Eduardo dos Santos chega ao poder num contexto interno difícil, com um país em guerra, mas também num contexto internacional complexo, atendendo o quadro da Guerra Fria, bipolaridade e as alianças que tínhamos na altura”, afirmou, em declarações à RNA, destacando que o ex-Chefe de Estado angolano criou os alicerces para o início do processo de reconciliação nacional e também para a reconstrução do país.

    O analista político Paquissi Mendonça considera que José Eduardo dos Santos e o seu legado devem sempre ser recordados.

    “Vou mandar uma mensagem a toda a juventude ou a todos os angolanos para nunca nos esquecermos do legado daquele que foi um engenheiro e conduziu os destinos de Angola. Um dos grandes legados deixados pelo Presidente José Eduardo dos Santos aos angolanos é exactamente a paz”, referiu.