• Jornalistas regozijados pelo reconhecimento do contributo para o desenvolvimento do país


    Vários jornalistas condecorados manifestaram-se terça-feira, em Luanda, satisfeitos e agradecidos pelo reconhecimento do trabalho prestado para o desenvolvimento da comunicação social nestes 50 anos de Independência do país.

    À semelhança das cerimónias anteriores, a classe jornalística esteve novamente em evidência entre as personalidades distinguidas com a medalha do jubileu dos 50 anos da Nação, num gesto que representou a valorização dos profissionais do jornalismo angolano.

    Na lista de jornalistas condecorados pelo Presidente da República, João Lourenço, realce para o PCA da Edições Novembro, Drumond Jaime, empresa detentora do Jornal de Angola, Jornal dos Desportos e outros títulos.

    Para o responsável máximo desta empresa de Comunicação Social, o reconhecimento “é fruto de todo o trabalho que tem sido feito ao longo de 40 anos dedicados ao jornalismo e à comunicação institucional em prol do desenvolvimento de Angola”.

    Drumond Jaime aproveitou a ocasião para endereçar a distinção à família e colegas, sublinhando que sem eles “nunca receberia tão honrosa distinção da República”.

    À juventude angolana, homenageada nesta 5.ª Cerimónia, o jornalista incentivou a lutarem pelo desenvolvimento da Nação, endereçando de igual modo o seu reconhecimento aos mais velhos, que combateram por uma Angola livre e soberana.

    Em vésperas de celebração do Dia Internacional da Solidariedade aos Jornalistas, o PCA da Edições Novembro aproveitou para apelar, também, à união no seio da classe jornalística nacional e de todo o mundo, destacando a compaixão para com os repórteres mortos em Gaza.

    “O que está a acontecer em algumas partes do mun- do, como em Gaza, por exemplo, é um crime que todos os jornalistas devemos condenar”, acentuou Drumond Jaime.

    O fotojornalista reformado Francisco Bernardo, também ontem condecorado, disse ser uma honra quando o Estado reconhece os esforços da classe.

    “Espero que os jornalistas não sejam esquecidos. Não foi fácil, por isso temos que agradecer ao Estado angolano por este feito. E peço aos jovens que sejam resilientes, seguindo o nosso exemplo para que amanhã o seu trabalho pela Pátria seja também reconhecido”, declarou.

    Por sua vez, o veterano jornalista desportivo da Televisão Pública de Angola (TPA) Dedaldino da Conceição expressou um sentimento de alívio pelo facto de a sua condecoração ter finalmente chegado. Agradeceu à família e a todos os profissionais do desporto pelo apoio e companheirismo.

    “Tudo isso contribuiu para que eu, hoje, fosse reconhecido e condecorado pelo Presidente da República”, sublinhou, recomendando aos jovens, particularmente os jornalistas, a acreditarem na profissão e a trabalharem arduamente para a satisfação pessoal e familiar.

    O radialista António Ma- nuel “Jojó” descreveu a importância do reconhecimento aos jornalistas, por ser uma amostra do acompanhamento do trabalho jornalístico por parte da mais alta entidade da Nação.

    “Acredito que o reconhecimento não é somente meu, é para todos aqueles jornalistas que têm estado na luta do dia a dia, e para aqueles que estão há anos sem ter medo de transporte para ir trabalhar, com o grande objectivo de informar”, disse o radialista do programa “Mbandalho” da Rádio MFM.

    Tomadas pela emoção
    As jornalistas Fernanda Manuel, Fernanda Menezes e Carla Miguel não esconderam a emoção ao serem galardoadas com a medalha Paz e Desenvolvimento nesta 5.ª Cerimónia.

    De acordo com a pivô do Telejornal da TPA Fernanda Manuel, palavras faltaram para descrever tal reconhecimento, pelo facto de testemunhar vivamente no auge dos seus 56 anos de idade.

    “Fico muito feliz porque consigo perceber que o meu trabalho tem valido a pena, e é naturalmente um momento de muita alegria”, revelou.

    Fernanda Menezes, que foi por muito tempo o rosto do programa da TPA “Ginástica para Todos”, exprimiu a alegria de ter sido outorgada pelo Chefe de Estado, em reconhecimento do seu trabalho.

    Por seu turno, a directora da TPA - Huíla, Carla Miguel, partilhou o mesmo sentimento de alegria, e dedicou a distinção a todos os colegas, salientando que em televisão é necessário que se trabalhe em equipa. “Recebo este incentivo com muita humildade e sentido de responsabilidade. Percebo, igual- mente, que acabo de receber um incentivo ao mais alto nível para que possa continuar a percorrer o nosso país e a contar histórias por Angola", aludiu.