• Há passos positivos na resposta a surtos epidémicos


    O Presidente João Lourenço revelou, em Bruxelas, durante a reunião de quarta-feira de alto nível da GAVI, que Angola regista avanços significativos na recuperação de crianças “zero dose”, na resposta a surtos epidémicos como a poliomielite, Covid-19, sarampo e cólera, assim como no reforço do seu Sistema Nacional de Saúde (SNS), com a instalação de cadeias de frio de última geração alimentadas a energia solar para a conservação de vacinas e produtos essenciais de saúde.

    A introdução destes equipamentos, esclareceu o Chefe de Estado angolano, representa um avanço estratégico para a expansão da vacinação em áreas remotas, assegurando maior cobertura e segurança na conservação de vacinas, “como também contribui para a redução das emissões de carbono, promovendo sistemas de saúde mais sustentáveis e alinhados com os compromissos climáticos globais”.

    A digitalização dos sistemas de informação, prosseguiu o Presidente da República, melhorou, substancialmente, a gestão de vacinas e de produtos essenciais de saúde.

    “Essa parceria não apenas salvou vidas, como também aumentou a confiança da população nos serviços públicos de saúde”, disse, para em seguida reconhecer que “a eficácia de qualquer sistema de saúde não depende apenas de vacinas e equipamentos, mas sobretudo de profissionais capacitados”.

    Em Angola e em outros países africanos, lembrou João Lourenço, “temos vindo a formar, com o apoio da GAVI, epidemiologistas, técnicos de logística, gestores de dados e outras especialidades essenciais para assegurar o planeamento e a execução eficaz do Programa de Imunização”, destacando que “investir na formação dos profissionais é investir na soberania sanitária”.

    Na visão do Presidente da República, o impacto é evidente e transformador, assegurando que países como Angola foram beneficiários directos de apoios cruciais, “com destaque para a introdução de sete novas vacinas”, realçando “aquelas que protegem contra duas das três principais causas de morte em crianças menores de cinco anos, a pneumonia e as diarreias virais”.

    O Chefe de Estado anunciou, a finalizar, que brevemente Angola vai introduzir a vacina contra o Papiloma Vírus Humano, “para garantirmos uma vida saudável aos nossos jovens, e pretendemos, ainda, introduzir a vacina contra a malária, que é a primeira causa de morte no nosso país”.