O ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social reiterou, ontem, quinta-feira, em Luanda, o compromisso do Executivo em continuar a fazer investimentos em projectos que contribuem para a modernização da sociedade e crescimento da economia, por meio do fornecimento e expansão dos serviços digitais com impacto no aumento da literacia digital e modernidade.
Mário Oliveira discursava na abertura da 5ª edição do ANGOTIC, a decorrer até amanhã, sábado, no Centro de Convenções de Talatona, sob o lema "50 Anos a Comunicar, a Modernizar e a Desenvolver Angola". A cerimónia de abertura foi prestigiada pela presença do ministro de Estado para a Coordenação Económica, José de Lima Massano, em representação do Presidente da República, João Lourenço.
O titular do MINTTICS começou por atribuir importância ao certame organizado pelo seu pelouro ao afirmar que “O ANGOTIC constitui o maior fórum de Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social do nosso país”.
O ministro realçou que o facto de o evento ter lugar no ano comemorativo dos 50 anos da Independência Nacional, confere a importância da história das Telecomunicações e Tecnologias de Informação do país.
De acordo com Mário Oliveira, Angola tem vivenciado, nos últimos anos, inovações que resultam dos investimentos nos sectores público e privado, os quais contribuem para a modernização da sociedade e da economia angolana, bem como fornece serviços digitais para os cidadãos e empresas.
O sucesso de projectos nos domínios da formação, treinamento e programas de apoio à juventude, com resiliência e empreendedorismo, na opinião do ministro, deve assentar na inovação tecnológica da sociedade, de maneira a contribuir para o desenvolvimento do país e bem-estar de cada cidadão.
"Nós 50 anos de existência de Angola como país livre e independente, o sector das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social tem acompanhado o desenvolvimento tecnológico mundial, assim como a modernização do seu sistema de regulação, o que permitiu no ano 2000 dar-se o início da liberação do mercado, com o surgimento dos primeiros operadores privados de telecomunicações", disse.
Para Mário Oliveira, as conquistas alcançadas após a Independência Nacional foram determinantes para proceder à instalação de redes de fibra óptica terrestre e de micro-ondas que interligam as principais cidades do país, assim como as redes de cabo de fibra óptica submarinas que interligam o país ao mundo, num programa espacial nacional, suportado por uma "forte e bem sucedida aposta" na formação de quadros nacionais de elevado nível de conhecimento técnico e científico, que operam estas redes e programas tecnológicos.
"Como resultado do acompanhamento da modernização e de todos os projectos subsequentes, o país dispõe hoje, com muito orgulho, de infra-estruturas de telecomunicações capazes de servir os interesses da economia e da vida quotidiana dos cidadãos, ao mesmo tempo que conta com uma rede de acesso e Internet Banking, Tele-medicina, Tele-Educação, numa fase que o Governo tem feito uma forte aposta na modernização administrativa do Estado, rumo à transformação digital e, com ela, a melhoria das condições dos nossos cidadãos", enalteceu o ministro.
Desafios do sector
O governante reconheceu que a implementação dos programas para o alcance das metas preconizadas implica a superação de grandes desafios. Interiorizou a sua determinação ao afirmar que a coragem, sapiência e muita dedicação configuram os pressupostos do sucesso, enfatizando a sua certeza de que "a modernização da nossa sociedade será um facto" a breve trecho.
"O país caminha nesta fase para a expansão e melhoria das suas infra-estruturas de Telecomunicações. A implantação da televisão digital terrestre irá constituir um marco histórico para a nossa rede nacional de televisão e rádio, com vista à apresentação de serviços públicos de qualidade", augurou.
Ao finalizar o seu discurso, o ministro disse que na presente edição do ANGOTIC participam 105 empresas, quatro internacionais e 180 startups, bem como algumas provenientes das províncias do Bié, Huíla, Huambo, Namibe e Uíge, patrocinadas pelos respectivos governos provinciais, assim como empresas nacionais.
“Até à presente data já foram vendidos centenas de ingressos e contamos atingir a cifra de 20 mil visitantes, duplicando a cifra de 10 mil da edição passada. Uma palavra de apreço aos nossos jovens que se dedicam diariamente em processos de aprendizagem e resiliência para servirem a Nação. Com a realização da V edição, estaremos a contribuir para a modernização tecnológica do nosso país", finalizou o ministro.