Questões relativas à próxima Cimeira Europa-África, agendada para Novembro deste ano, em Luanda, dominou, quarta-feira, em Bruxelas, a audiência concedida pelo Chefe de Estado angolano e líder da União Africana, João Lourenço, ao presidente do Conselho Europeu, António Costa.
De acordo com o político português, que falava aos jornalistas angolanos à saída do encontro, com o Presidente da República tratou, também, de assuntos ligados à cooperação bilateral entre a União Europeia e Angola, concretamente o apoio da Global Gateway ao Corredor do Lobito.
“Estivemos a falar, na qualidade de presidente do Conselho Europeu, sobre a preparação da próxima Cimeira entre a União Europeia e a União Africana, que terá lugar em Luanda, em Novembro”, revelou António Costa.
Relativamente aos resultados produzidos pela Cimeira da Aliança Global das Vacinas, o líder do Conselho Europeu referiu que a GAVI partilhou que, apesar das circunstâncias muito difíceis e de um dos principais doadores ainda não ter manifestado a sua posição, “os países estão oprimistas em conseguir alcançar os objectivos”.
O português manifestou-se satisfeito com o facto de vários Estados da União Europeia terem aumentado os seus donativos, destacando “países como o Reino Unido”, que mantiveram um contributo muito relevante.
“Para mim, vai continuar a ser o principal doador e isso significa que os esforços continuam a ser prosseguidos. Só entre a União Europeia e os Estados-membros que ja se comprometeram, temos dois mil milhões de euros”, regozijou-se o presidente do Conselho Europeu, que se reuniu com o Chefe de Estado angolano, João Lourenço.
António Costa revelou, ainda, estar optimista quanto à criação de fábricas de vacinas no continente africano, realçando as que estão a ser construídas na África do Sul e no Rwanda, prevendo surgir outra na Nigéria.
Antes de conceder audiência ao presidente do Conselho Europeu, o Presidente João Lourenço recebeu o ministro dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido, David Lammy, cujo teor da conversa não foi revelado.