• Cimeira EUA-África representa oportunidade para investidores


    A realização da Cimeira Estados Unidos da América-África, em Luanda, capital de Angola, a decorrer de 22 a 25 deste mês, representa a abertura para a atracção de novos investidores que queiram apostar em vários sectores da actividade económica do país, defendeu, ontem, em Luanda, o economista angolano Divava Ricardo.
    Em declarações sobre a realização da Cimeira Estados Unidos-África, Divava Ricardo assegurou que o evento irá facilitar maior conhecimento das oportunidades de investimentos e realidade do ambiente de negócios para África e os Estados Unidos de América.

    De acordo com o especialista em assuntos económicos, para África, as oportunidades encontram-se em dois segmentos fundamentais, o extractivo e do ensino superior.

    O também professor universitário apontou que o sector extractivo garante a possibilidade de criação de investimentos formais na exploração de minérios raros e críticos para o funcionamento das Tecnologias de Informação (TI) de modo que beneficie todos os envolvidos na cadeia de valor, inclusive os Estados do ponto de vista de impostos.

    O académico referiu que no sector do ensino as parcerias estão ligadas ao acesso às universidades dos Estados Unidos de América, sobretudo, nas áreas das telecomunicações, robótica e similares.

    Segundo o especialista, para África, os maiores benefícios económicos a longo prazo têm a ver com o intercâmbio académico nas áreas fundamentais da economia digital e outras, que contribuem para a formação de capital humano.
    “Sabemos que muitas economias dinâmicas, hoje, tiveram uma abertura de oportunidades de acesso às melhores instituições de ensino dos EUA que continuam entre as melhores do mundo ou mesmo as melhores em vários domínios de formação superior”, notou.

    O economista disse que, durante a Cimeira EUA-África, o Executivo deve procurar manter contactos com as organizações financeiras americanas para que o país possa obter dólares, com vista a dinamizar o Programa de Apoio à Produção, Diversificação das Exportações e Substituição de Importações (PRODESI), com a compra de equipamentos e matéria-prima necessária para o
    funcionamento do Parque Industrial Nacional.

    “É fundamental termos a continuidade do acesso facilitado e sem perturbações aos meios de pagamentos necessários para financiar a compra de equipamentos e matéria-prima necessárias ao funcionamento do Parque Industrial”.

    Nacional incipiente e crescente nas áreas privilegiadas do programa que visa a diversificação das exportações e substituição das importações por consumo de bens essenciais produzidos localmente”, disse o economista.