O presidente do Conselho Europeu, António Costa, elogiou, há instantes, a excelente organização da 7.ª Cimeira União Africana-União Europeia, que encerra, hoje, em Luanda.
"Nesta cimeira assinalámos não só os 50 anos de Independência da República de Angola, mas também os 25 anos da nossa parceria estratégica que se baseia na visão conjunta 2030 perfeitamente alinhada com a Agenda 2063 da União Africana", começou por dizer o presidente do Conselho Europeu, que também considerou inspirador o lema do evento: "Promover a Paz e a Prosperidade através do Multilateralismo", numa altura em que o mundo enfrenta uma ameaça ao multilateralismo e a reemergência de uma confrontação entre blocos e a violação de uma ordem internacional assente em regras.
António Costa declarou, igualmente, que esta iniciativa transparece a força destes dois continentes e estes países que representam 40% dos estados presentes nas Nações Unidas, ou seja quase dois mil milhões de cidadãos, neste paradigma multipolar. Por isso urge promover o Multilateralismo para responder os desafios globais e cumprir os objectivos sustentáveis como a mitigação da pobreza, a busca pela segurança alimentar, a luta contra as desigualdades e o combate ao crime transnacional.
Porém o político português reiterou, ainda, que não se pode continuar com um modelo de multilateralismo como o de 1945, pois hoje o mundo é muito diferente o que implica a defesa das reformas das organizações internacionais e organizações financeiras internacionais, bem como da Organização Mundial de Comércio e do Conselho de Segurança das Nações Unidas.