• Angola na Primeira Conferência Internacional Sobre Vítimas Africanas de Terrorismo


    Angola participou, na segunda-feira e terça-feira, na Primeira Conferência Internacional dedicada às vítimas africanas de terrorismo, em Rabat, no Reino de Marrocos.

    De acordo com uma nota da Embaixada de Angola no Reino de Marrocos, enviada ao JA Online, a cerimónia do evento foi inaugurada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, da Cooperação Africana e dos Marroquinos no Estrangeiro, Nasser Bourita, que apelou à adopção de uma abordagem africana ambiciosa e determinada baseada na dignidade das vítimas do terrorismo, na justiça e numa verdadeira responsabilidade colectiva face ao ressurgimento desta ameaça em África.

    Por outro lado, o responsável sustentou, igualmente, que África continua a ser a região mais afectada pelo terrorismo, com uma notável intensificação dos ataques, particularmente no Sahel e na África Ocidental, onde a violência causou milhares de mortos e levou a deslocações em massa, abandono escolar, destruição de comunidades inteiras e o desmoronamento da coesão social.
    Por esse motivo, considerou que este encontro continental representa um passo crucial na reconstrução das estratégias africanas, colocando os sobreviventes no centro das políticas públicas e dos esforços colectivos de combate ao extremismo violento.

    Já o director-adjunto do Serviço de Investigação Criminal (SIC), Pedro Lufungula, que representou Angola no certame, sublinhou a necessidade do reforço dos mecanismos de apoio e resiliência do continente, tendo em conta as consequências causadas por este fenómeno nefasto.

    A referida iniciativa também contou com o subsecretário-geral das Nações Unidas e Chefe do Gabinete das Nações Unidas para o Terrorismo (UNOCT), bem como representantes de Governos africanos, organizações internacionais, regionais, pesquisadores e especialistas na matéria.

    As discussões da conferência centraram-se nas consequências humanas do terrorismo e os desafios legais, institucionais e socioeconómicos relacionado como apoio às vítimas; no papel dos sobreviventes em contexto de prevenção e resiliência e por meio de testemunhos, experiências e a participação na reconstrução de comunidades afectadas.